ALTOS
RETRATO
meus olhos sobre mim
autosretrato #1 : na moldura
porto alegre, 04.13
nanquim e aquarela sobre sulfite
DIMENSÕES

recompostura e construção de sanidades

foi uma das minhas primeiras composições depois de uma tensão psicológica com intervenção externa. exploração de camadas e texturas de cor. a pele é clara e sem pintas. meu cabelo era preto.

No processo de catalogar minhas produções, me deparei com, pelo menos, um auto-retrato por ano. Impossível não me investigar sedentamente:
o que eu deixei escapar sobre mim sem que eu mesma soubesse? Como me enxerguei, como meu olhar sobre mim mudou? Continuidades e rupturas do processo de criação e autoimagem.
autosretrato #2 : de bigodes
porto alegre, 01.14
nanquim e aquarela sobre canson
DIMENSÕES

reconhecimento de espaço e constução de individualidade

sonho da Baleya, casa, happening e residência treto-artística. foi um período de desenhos minuciosos, a exploração das possibilidades do preto. a busca por um tom de pele com nuances de marrom. eu tinha uma coroa de plástico na vida real.
autosretrato #3 : de passagem
florianópolis, 01.15
nanquim e aquarela sobre couché
DIMENSÕES

explorando o mundo de dentro e de fora

saída da Baleya e processos de reconhecimento em outros espaços, com outras pessoas, de passagem. o princípio de desenhos substituindo páginas de diário. investigação sobre textura (padrões e transparências). estética do aglomerado e a busca por uma representação do cabelo (já azul na vida real).
autosretrato #4 : pioles
caraguatatuba, 05.15
caneta sobre livro
DIMENSÕES

busca pela personalidade do traço

a influência da tatuagem sobre as linhas. a volta para são paulo e a fuga da urbe, o nascimento dos piolhos, a perda da cor. é quando os olhos se abrem, em toda a produção, o cabelo encrespa. as linhas do rosto se tornam mais importantes.
(inhame c/ rapadura raspada)
autosretrato #5 : espelho
são paulo, 03.16
nanquim e grafite sobre sulfite
DIMENSÕES

formação de autoimagem e acolhida do erro

a necessidade de encontrar uma referência de mim mesma que corresponda ao que vejo mais do que ao que sinto. feito a partir de fotografia. a incorporação da edição virtual, perda da linha contínua, as texturas do acaso e do defeito são incorporadas. a estética de branco no preto passou a existir na Nega Preta, incorporada como linguagem atual.
nunca usei óculos na vida arte.
autosretrato #5 : nega preta
florianópolis, primavera15
jato de tinta sobre papel manteiga
DIMENSÕES

produção direcionada

essa imagem foi feita para a capa da zine Nega Preta. a incorporação de técnicas de pontilhado para criar profundidade